13.08 | T. deslocação 08:26:29 |Vel. Média 11,9 Km/h |Vel. Máxima 68,2 Km/h
Graças a uma noite muito mal dormida o dia começou muito cedo, o despertar foi às 5h da manhã (4h em Portugal). Depois da habitual revisão às bicicletas e depois de tudo arrumado prosseguimos viagem. A ideia era "atacar" cedo a subida que nos esperava à frente, evitando assim horas de maior calor.
Tínhamos
que vencer nos próximos quilómetros os cerca de 500 m de desnível positivo até
Cruz de Madera, estava frio e nevoeiro denso.
Depois prosseguimos em direção a Xunqueira de Ambía.
O caminho apresentava aqui algumas seções a fazer lembrar muitas das retas do Caminho Francês.
E outras seções a remeter para a imagem da floresta encantada, retratada nos contos dos irmãos Grimm.
Xunqueira de Ambía é uma pequena povoação com menos de 2000 habitantes.
O albergue está situado poucas centenas de metros antes da povoação.
O caminho apresentava aqui algumas seções a fazer lembrar muitas das retas do Caminho Francês.
E outras seções a remeter para a imagem da floresta encantada, retratada nos contos dos irmãos Grimm.
Xunqueira de Ambía é uma pequena povoação com menos de 2000 habitantes.
O albergue está situado poucas centenas de metros antes da povoação.
Xunqueira de Ambía tem o centro bem arranjado e em bom estado de conservação.
A
Igreja de Santa María de Xunqueira de Ambía pertencia ao Mosteiro homónimo
fundado no Séc. X.
Até Ourense e dado o desnível negativo, foram provavelmente os 20 km mais fáceis deste caminho.
Contudo,
com o Sol a despontar voltavam as temperaturas altas e a necessidade de
abastecimento de água era constante.
Paragem para almoço em Ourense.
Ourense
é uma cidade com cerca de 115.000 habitantes e é
também a capital de província.
Referência para a
excelência do desenho urbano, característica para a qual os nossos vizinhos já nos têm vindo a habituar desde há muitos anos e aqui apenas
como exemplo o Xardin do Posío no centro da cidade.
Aproximava-se o Rio Minho, ou Miño como se diz por estes lados e a travessia foi feita através da Ponte Maior de Ourense, ou Ponte Romana ou Ponte Medieval ou ainda Ponte Velha, que são as diversas designações desta ponte. A ponte terá sido começada a construir no reinado de Augusto, no Séc. I d.C. Desse período, apenas a parte inferior de alguns pilares pertencerá ainda à original ponte romana. O seu aspeto atual é o reflexo das obras de restauração do Séc. XVII. A ponte estava integrada na estrada romana Via XVIII do itinerário de Antonino, também conhecida como Via Nova ou Geira.
A
jusante a Ponte do Milénio, cuja autoria é muitas vezes atribuída a
Santiago Calatrava mas que pertence na realidade ao arquiteto Álvaro Varela.
À saída de Ourense sabíamos que iríamos ter uma grande desnível positivo para vencer, mas acho que não há preparação possível para este “caminho real”.
Antigo caminho Real de ligação a Norte.
Esta
foi talvez a subida mais íngreme que alguma vez fizemos. No perfil altimétrico, esta linha chega a estar muito próximo da vertical!
A somar ainda tínhamos calor intenso e moscardos a
picar constantemente. Toda a água que trazíamos, desapareceu!
Felizmente
havia uma fonte estrategicamente colocada no final da subida!
A
má notícia era que ainda havia muita subida pela frente.
De
novo fomos encontrando caminho muito técnico, que obrigou a um andamento mais
lento do que estávamos à espera. O caminho foi-se revelando uma verdadeira “caixinha
de surpresas” porque facilmente entrávamos num bosque com um caminho fácil e aspeto agradável e poucos
quilómetros à frente já estávamos a empurrar as bicicletas à “mão” através de
pedras enormes. Fantástico este caminho!
O
dia acabou em Laxe, e pernoitamos num albergue de construção recente e com grande qualidade.
Finalmente o merecido descanso para um dia tão comprido e tão desgastante.
Foram
pouco mais de 115 km e com um desnível positivo acumulado a ultrapassar os 2000
m. Mas valeu a pena. Agora só faltavam cerca de 50 km para Santiago.
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